Unidades fixas de atendimento
montadas em shoppings centers aproximam imobiliárias e administradoras
de consórcio de imóveis dos consumidores
Consórcios
fonte: Gazeta do Povo
Correa reforça que as empresas passaram a atuar em locais onde há mais
segurança e fluxo de potenciais clientes, e os shoppings centers estão
dentro desse perfil. “Existem vários feirões de imóveis e quiosques
para lançamentos específicos, com maquetes detalhadas. O que difere os
atuais pontos fixos de venda
dos tradicionais quiosques temporários é a possibilidade de uma melhor
gestão da marca, além da prospecção e concretização de negócios”,
avalia.
Márcio Souza, diretor de marketing da Galvão Vendas, que há cerca de
um mês inaugurou pontos de atendimento no Shopping Palladium e no
Cidade, em Curitiba, diz que a ideia é aproveitar o grande fluxo de
pessoas que circula pelos locais, unida à estratégia de proximidade com
os bairros onde serão lançados empreendimentos. “Há dois ou três anos
as pessoas tinham o hábito de ir direto ao estande de venda dos
imóveis. Agora é o inverso. Nós estamos indo até o cliente para
despertar nele a vontade de ir ao estande. Temos toda a estrutura para o
cliente fechar negócio ali mesmo, mas na maioria dos casos funciona
como captação e chamariz para o consumidor conhecer o apartamento decorado”, explica Souza.
No Palladium, a permanência da empresa será de pelo menos um ano,
enquanto no Cidade ficará por três meses, podendo ter a atuação
prolongada em ambos. “São locais estratégicos e o atendimento exige um
suporte grande por estarmos longe da base da empresa, afinal, o cliente
não pode ficar sem resposta. A receptividade tem sido boa. As pessoas
sentam e procuram conhecer vários produtos, não apenas um lançamento
específico”, conta o diretor de marketing da Galvão Vendas. Souza estima
que, durante a semana, são realizados, em média, 20 atendimentos
diários, enquanto nos fins de semana o número ultrapassa 50 por dia.
Essa média do fim de semana é a mesma das outras lojas da Galvão fora
dos shoppings.
A Imobiliária Washington Ortega, de São José dos Pinhais, atende no
Shopping São José há um ano, onde optou pela montagem de uma loja fixa,
com 62 metros quadrados. A estratégia de atendimento permanente no
shopping nasceu de uma conversa informal quando a empresa se preparava
para participar de uma feira de imóveis no local.
A oportunidade de ter uma imobiliária fixa no shopping pareceu um pouco
ousada para a empresa no início e se tornou uma importante ferramenta
de divulgação, tendo muito sucesso entre os clientes. “Nossas respostas
estão muito além do esperado, dando-nos a certeza do acerto na
inovação. Faz parte de uma estratégia de atingirmos o público de nichos
diversificados, onde se pode trabalhar com todas as classes sociais,
nos segmentos residencial, comercial e industrial. Representa a
possibilidade de apresentarmos os imóveis de uma forma mais objetiva,
fora do horário comercial tradicional, em um momento informal e de
lazer”, diz Washington Ortega, proprietário da imobiliária.
Consórcios
A Ademilar, administradora de consórcios imobiliários, possui uma
parceria com representantes da empresa para atendimento em quiosques
fixos em shoppings não só de Curitiba, mas também em Maringá (PR) e em
Balneário Camboriú, Joinville e Blumenau, em Santa Catarina, todos
inaugurados este ano. “São pontos apenas para vendas, não envolvem
serviços de administração. Quem possui uma cota não poderá ser atendido
no shopping”, esclarece Tatiana Schuchovsky Reichmann, Superintendente
da Ademilar Consórcio de Imóveis.
“O shopping é um local de fácil acesso.
É uma estratégia de expansão, até porque a maioria das nossas vendas é
de longo prazo. Nem sempre o cliente fecha negócio na hora, por isso a
nossa opção pelos pontos fixos”, diz. Tatiana aponta que as vendas nos
shoppings Palladium, Estação e Cidade, em Curitiba, representam 10%
do total realizado pela empresa.
Embora as unidades fixas de imobiliárias em shoppings não sejam tão
comuns em Curitiba, a coordenadora estadual dos projetos de Construção
Civil do Sebrae-PR Carla Werkhauser acredita que é uma tendência forte.
“É um setor em expansão e as empresas percebem que muitos dos nichos
que atendem estão no shopping. Mas a estratégia deve estar vinculada
com a proposta da empresa, o perfil do cliente e o local em que será
instalado o ponto de atendimento. É um
planejamento completo.” fonte: Gazeta do Povo
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